sábado, 12 de março de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
UMA AUTO-ESTRADA DIPLOMÁTICA
Por Hoje Macau 19 Nov 2010
Helena da Cruz Mouro, em Lisboa
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Em entrevista ao Hoje Macau, o embaixador de Portugal junto da NATO, Mira Gomes, considerou a Cimeira de Lisboa um marco histórico para a Aliança Atlântica. Por um lado, pelos objectivos atingidos e pela sua substância e por outro, pela qualidade, o nível da organização e hospitalidade que deixaram todas as delegações oficiais encantadas com Portugal, com direito a um especial agradecimento público de Barack Obama no final da conferência de imprensa.
O embaixador Mira Gomes apontou em primeiro lugar que “a Cimeira de Lisboa vai ficar efectivamente na história da Aliança Atlântica por várias razões, não só pela Cimeira que aprovou o novo Conceito Estratégico, foi também a Cimeira que lançou o novo sistema de defesa anti-míssil para a Europa, cobrindo todo o território e todo o tipo de populações da Europa, sendo a Cimeira que chegou a acordo sobre um novo processo de transição no Afeganistão, que levará a prazo a uma transferência gradual da responsabilidade das Forças da NATO para as Forças Afegãs na segurança do território”.
Em segundo lugar, acrescentou o diplomata português junto da representação permanente de Portugal na NATO, pôs-se fim a um capítulo da história da NATO num mundo bipolar. “Foi uma cimeira que relançou as relações entre a NATO e a Rússia, por essas razões é uma cimeira que fica na história da Aliança.”
Por fim, no que toca ao novo Conceito Estratégico da NATO, Mira Gomes assume que este traz uma mensagem muito importante para o mundo. O novo Conceito Estratégico assenta no princípio da abertura ao mundo não com a NATO como um “polícia” do mundo, reforça o diplomata português e ex-secretário de Estado da Defesa, “que não é”. Segundo Mira Gomes, a NATO reconhece a sua segurança está pendente do esforço de segurança das outras partes do mundo. “Tem de se ter um diálogo de segurança mais estreito com outros parceiros e com outros actores internacionais. Não só aqueles que estão na sua área mais imediata, como também aqueles que estão mais longe, como por exemplo a China, que foi referida em várias intervenções como sendo um parceiro muito importante também neste diálogo de segurança que a NATO gostaria de estabelecer e que penso que também é do interesse da China estabelecer”, frisou.
Depois de coleccionar mais uma vitória quando foi eleita para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a diplomacia portuguesa, neste diálogo transatlântico, jogou-se de forma como Portugal melhor sabe fazer: a moldar a estratégia das parcerias da NATO no mundo. “Portugal também deu um contributo para essa visão da NATO nas parcerias estratégicas do novo conceito, através daquilo que é a história de Portugal, quando Portugal esteve em várias partes do mundo e daquilo que também são as relações privilegiadas de Portugal com vários actores internacionais – da América do Sul, em África, mas também na Ásia, nomeadamente com a China, onde fizemos lembrar aos aliados o passado comum que temos com o país”, concluiu.
domingo, 10 de outubro de 2010
DO CARÁCTER À ATITUDE
É a enorme falta de carácter, que se vive nos dias de hoje, que me leva a teclar estas letras sobre acerca do mesmo. Para os mais esquecidos, iletrados convém recordar que o mesmo significa “o que faz com que os entes ou objectos! se distingam entre os outros da sua espécie; marca, cunho, impressão; propriedade; qualidade distintiva; índole, génio; firmeza; dignidade.”.
Por variadíssimas ocasiões no nosso dia-a-dia relacionamo-nos com pessoas de carácter, uns mais outros menos, assim como à falta dele, comum nos designados “patos bravos”, gananciosos, interesseiros, sem escrúpulos, mas acima de tudo naqueles que sofrem da “síndrome de inferioridade”, ou "do provinciano com vergonha das origens", enfim, um emergente, normalmente vingativo do passado e demonstrado posteriormente. É interessantíssimo observá-los, pois os comportamentos assemelham-se imenso entre eles.
Sou da opinião que é a falta de educação, formação e valores que leva à falta desse carácter. E este carácter ou se tem ou não se tem, não existe intermédio. Pois, aquando da dúvida o tempo encarrega-se de o clarificar.
Deixo a sugestão de vídeo com um carácter, sem duvida alguma, pois na situação em que esta Pátria minha se encontra a inspiração e motivação procura-se!
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Da aversão a dois
segunda-feira, 14 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Comunidades esquecidas, Comunidades lembradas (em 2009)
NOTA: Clicar na imagem para ampliar
Entrevista com José Cesário
In semanário nacional Registo, Junho 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Da perpetuação dos jovens carreiristas da política à exclusão da juventude
Analisemos por partes, a sondagem realizada pela Universidade Católica Portuguesa deve ter incidido aleatoriamente sobre determinadas faixas etárias juvenis e determinadas regiões ou espaços geográficos do nosso querido Portugal, englobando opiniões de jovens comuns, que estudam, que trabalham, que estudam e trabalham ou que não fazem nada e não especificamente sobre o universo dos jovens dirigentes associativos, activistas e outros voluntários do associativismo juvenil.
As conclusões do encontro do Presidente da República com os jovens dirigentes associativos e político-partidários poderão ser falaciosas uma vez que a dinâmica deste tipo de participação é até considerada forte, mas apenas por uma elite, de um grupo restrito em comparação com a totalidade da população juvenil. O problema que reside no alheamento dos jovens da política deve ser lido como alheamento dos jovens a qualquer activismo juvenil, portanto os interlocutores convidados pelo Presidente da República careceram de total representatividade do actual estado de (des)graça da participação dos jovens nos assuntos da Pólis.
É natural que o sistema se justifique a si próprio, que tende a reproduzir-se e perpetuar-se, tornando-se num imperativo a viciação da circulação das elites, tudo em nome do politicamente correcto e estabilidade do “establishment”. Por outro lado, é do interesse dos poucos que detém o poder, a actual situação de alheamento dos jovens da política, que continue a agravar-se, para facilitar a ascensão dos jovens profissionais “carreiristas” políticos, “yes man” dos líderes seniores, excluindo ou afastando assim o poder dos mais válidos, da nova geração de ouro portuguesa.
O perigo para a Democracia-Liberal, será o agravamento do autismo da partidocracia e respectivos governantes dos reais problemas e assuntos relativos ao Bem Comum da nossa sociedade, afunilando-se na visão do que “deve ser”, gerindo um Portugal virtual, em vez de debruçar-se sobre o que “é”, sobre o Portugal real.
Quem sabe se não estaremos brevemente a assistir à degeneração do regime Oligárquico para um Tirânico?
É hora, da revolta da Maria da Fonte
Maria da Fonte, ou Revolução do Minho, é o nome dado a uma revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral. A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas. Iniciou-se na zona de Póvoa do Lanhoso (Minho) por uma sublevação popular que se foi progressivamente estendendo a todo o norte de Portugal. A instigadora dos motins iniciais terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia de Fontarcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte. Como a fase inicial do movimento insurreccional teve uma forte componente feminina, acabou por ser esse o nome dado à revolta. A sublevação propagou-se depois ao resto do país e provocou a substituição do governo de Costa Cabral por um presidido por Pedro de Sousa Holstein, o 1.º duque de Palmela. Quando num golpe palaciano, conhecido pela Emboscada, a 6 de Outubro daquele ano, a rainha D. Maria II demite o governo e nomeia o marechal João Oliveira e Daun, Duque de Saldanha para constituir novo ministério, a insurreição reacende-se. O resultado foi uma guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847, após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança.
In Wikipédia